Açucares e seus efeitos maléficos (Parte I)

A obesidade é atualmente um dos graves problemas de saúde pública mundial, caracterizando-se como uma epidemia global.
A ocidentalização da alimentação e a industrialização dos alimentos fez aumentar na pirâmide alimentar a quantidade de carboidratos que são atualmente os grandes vilões para saúde.
 
O consumo máximo de carboidratos recomentado é de 10% das calorias, sendo que no Brasil esse consumo já é superior a 16%.
 
Carboidratos simples ou refinados (açúcar refinado, massas, pão branco, bolos, etc) não necessitam de muita energia para serem metabolizados e consequentemente são facilmente absorvidos e armazenados pelo corpo.
 
Ou seja, comer 1 grama de carboidrato e diferente de comer 1 grama de proteína, pois para digerir e metabolizar a proteína o corpo necessita gastar 1 caloria de energia, diferentemente do carboidrato.
 
TIPOS DE AÇUCARES
 
Os carboidratos são classificados de acordo com o tipo e quantidade de monossocarídeos: monossacarídeos, dissacarídeos, oligossacarídeos e os polissacarídeos.
 
Os principais da nossa dieta são os monossacarídeos ou açucares simples ( glicose, frutose e galactose) e os oligossacarídeos.
 
A sacarose (glicose + frutose) é o açúcar refinado da cana de açucar que utilizamos para adoçar café, sucos, bolos e produtos industrializados como refrigerantes e outras bebidas/alimentos.
 
O excesso de glicose é maléfico e estudos recentes mostram que o excesso de frutose é ainda pior. A frutose é derivada do açúcar das frutas, da sacarose e do xarope de milho que contem frutose concentrada que cada vez mais é utilizada pela indústria por adoçar mais e ser mais estável em soluções líquidas como sucos e refrigerantes. No passado as pessoas consumiam através das frutas cerca de 16-20 gramas de frutose e, atualmente, esse consumo diário chega a 85-100 gramas por dia.
 
O pior, quando ingerimos muita frutose, ocorrem alterações neurológicas que regulam o apetite e que fazem com que o cérebro interprete que necessitamos comer mais.